Larvicidal potencial of Sapindus saponaria (Sapindaceae) against Rhipicephalus sanguineus (Latreille, 1806) (Acari: Ixodidae)

The larvicidal potential of the crude ethanolic extracts (CEE) of the stem peel of Sapindus saponaria was evaluated against Rhipicephalus sanguineus. Lethal concentrations (LC), were calculated by preparing CEE solutions at different concentrations in distilled water. Larvae fasted for 14-21 days were utilized in the bioassays, after incubation of engorged females collected from infested environments frequented by dogs in several neighborhoods of Goiânia, GO. Bioassays were performed in a specially constructed biological chamber for testing botanical acaricides, acclimatized to 27±1°C, RH>80 percent. The larvae were counted on filter paper envelopes impregnated with the solutions or distilled water and larval mortality observed after 48h. S. saponaria showed good larvicidal activity (LC50 and LC99 of 1994 and 3922ppm, respectively) and the results demonstrated its potential as a botanical acaricide and an alternative control measure for R. sanguineus.

Avaliou-se a potencialidade larvicida do extrato-bruto etanólico (EBE) da casca do caule de Sapindus saponaria sobre Rhipicephalus sanguineus. Para o cálculo das concentrações letais (CL) foram preparadas soluções com diferentes concentrações do EBE dissolvido em água destilada. Foram utilizadas larvas em jejum com 14 a 21 dias, obtidas pela incubação de teleóginas, coletadas em ambientes infestados, freqüentados por cães de vários bairros de Goiânia. Os bioensaios foram realizados em uma câmara biológica para testes com acaricidas botânicos, climatizada a 27±1°C e UR>80 por cento. As larvas foram contidas em envelopes de papel filtro impregnados com as soluções (grupo teste) ou com água destilada (grupo-controle) e a mortalidade larval foi observada após 48h. S. saponaria demonstrou atividade larvicida satisfatória (CL50 e CL99 respectivamente de 1994 e 3922ppm) e os resultados demonstraram seu potencial como acaricida botânico e medida alternativa para o controle de R. sanguineus.

Efeitos toxicológicos e ineficiência in vitro de deltametrina sobre larvas de Rhipicephalus sanguineus, de Goiânia, Goiás, Brasil / Toxic effects and in vitro inefficacy of deltamethrin on larvae of Rhipicephalus sanguineus from Goiânia, Goiás, Brazil

It has been observed that formulations of deltamethrin developed for disinsectization of infested places and control of parasitic arthropods of bovines and equines have frequently been used by breeders of dogs to control ticks in their animals and kennels, but without due consideration of the correct dosage or means of application. With the purpose of evaluating the efficacy of this product on Rhipicephalus sanguineus, bioassays were realized with larvae at 27+/-1 degrees C, UR>80% and light period of 12 hours. The mortality and toxicological effects were observed for 30 h, at 6 h intervals. Important toxicological effects were observed on the larvae, such as lack of co-ordination, knock-down and paralysis followed by death, although the lethal capacity of the product after 30 h was low, with mean mortality of only 34%, 40.2%, 46% and 57.6% respectively, for the 0.5 ml/l; 1 ml/l; 2 ml/l/; and 3 ml/l dosages. There was no mortality in the control group. The results obtained did not indicate the use of this formulation, in the tested dosages, as a method of choice for R. sanguineus control.

Observou-se que formulações de deltametrina, desenvolvidas para desinsetizar ambientes infestados ou para combate de artrópodes parasitas de bovinos e equinos, têm sido freqüentemente utilizadas por cinofilistas para combater carrapatos em seus cães, sem critério científico em relação às dosagens e formas de aplicação, nos canis e ambientes onde vivem. Com a finalidade de avaliar a atividade deste produto sobre Rhipicephalus sanguineus, realizaram-se bioensaios com larvas a 27±1°C, UR>80% e fotofase de 12h. A mortalidade e os efeitos toxicológicos foram observados durante 30h, a cada 6h. Constataram-se efeitos toxicológicos importantes nas larvas, tais como incoordenação, Knock-down e paralisia seguida por morte, todavia a capacidade letal do produto após 30h foi baixa, com mortalidade média de 34%, 40,2%, 46% e 57,6%, respectivamente, para as dosagens de 0,5ml, 1ml, 2ml, 3ml. Não houve mortalidade no grupo controle. Os resultados obtidos contra-indicam o uso da deltametrina nas dosagens testadas como medida eletiva para controle de R. sanguineus.